sábado, 29 de dezembro de 2012

A magia que não acaba


DATAS LITERÁRIAS: Em 29 de dezembro de 1903, nascia Portinari, que morreu há 50 anos. 

"O alvo da minha pintura é o SENTIMENTO. Para mim, a técnica é meramente um meio. Porém, um meio indispensável".
 Portinari

Obra de Portinari, um dos maiores pintores do mundo 
O gênio dos pincéis Cândido Portinari marcou a história das artes plásticas como um dos mais importantes pintores do mundo. O menino da pequena cidade do interior de São Paulo, Brodowski teve uma educação deficiente. Mas, uma caravana italiana de restauradores de igreja mudou a trajetória do brasileiro. Recrutado como ajudante, Portinari teve o contato com a arte bem cedo. Aos 15 anos o jovem decide mudar-se para o Rio de Janeiro e passa a estudar na Escola de Belas Artes.
O lavrador de café 1939 – Cândido Portinari
Assim nascia o gênio, mais de 5mil peças elaboradas, sendo a mais importante “O Lavrador de Café”. O cubismo foi uma escola adotada por Portinari, suas peças traziam referencias desse estilo. Outras referências relevantes foram o surrealismo e os pintores muralistas mexicanos. Mesmo com todas esses estilos Portinari não afastou-se das tradições da pintura. Suas obras traziam as questões sociais sem confrontar o governo. Outra característica do artista foi a influência  da arte moderna europeia, sem com isso perder a admiração do público.

De toda beleza de sua obra um detalhe não passa despercebido a constante presença do mundo infantil, cores, desenhos a alegria da criança está inserida na sua arte.
Há 50 anos o mundo perdia um pouco a sua luz retratada nas imagens eternizadas nas obras de Portinari. O gênio se foi, mas seu trabalho inspira e seduz.
 Mestiço - 1934 - Óleo sobre tela - 81x61 cm

Cronologia 
Cronologia
1903 - Nasce em Brodósqui (Brodowski), perto de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no dia 13 de dezembro, filho de imigrantes toscanos que trabalhavam na lavoura de café. Cândido teria dez irmãos - seis mulheres e quatro homens;
1914 - Cria sua primeira gravura, um retrato do compositor Carlos Gomes, em carvão, copiando a imagem de uma carteira de cigarros;
1919 - Matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio. Em sérias dificuldades financeiras, Candinho chega a comer a gelatina química que recebe para misturar com as tintas;
1923 - Pinta "Baile na Roça", sua primeira tela de temática nacional. O quadro é recusado pelo salão oficial da Escola de Belas Artes, por fugir dos padrões acadêmicos da época;
1929 - Como prêmio do Salão Nacional de Belas Artes, que obteve com um retrato do amigo (poeta) Olegário Mariano, ganha uma bolsa de estudos em Paris. Ali, descobre Chagall, os muralistas mexicanos e sofre fortes influências do trabalho de Picasso;
1931 - Volta da França casado com a uruguaia Maria Victoria Martinelli;
1935 - Produz uma de suas obras mais famosas, "O Café" e inicia a que é considerada sua fase áurea (1935-1944);
1936 - Começa a dar aulas de pintura na Universidade do Distrito Federal;
1939 - Em 23 de janeiro nasce seu único filho, João Cândido. Cria três painéis para o pavilhão do Brasil na feira mundial de Nova York. Faz uma retrospectiva com 269 obras, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio;
1940 - O Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) inaugura a exposição Portinari of Brazil
1942 - Cria painel para a Biblioteca do Congresso dos EUA;
1944 - Trabalha no polêmico altar da Igreja de São Francisco de Assis, em Belo Horizonte. Muito discutida pelos religiosos, tanto por suas formas arquitetônicas quanto pelo mural de São Francisco com o cachorro, a igreja só seria inaugurada em 1950;
1945 - Filia-se ao Partido Comunista Brasileiro e candidata-se a deputado federal. Não consegue eleger-se;
1946 - Termina a as obras da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte e faz o painel da sede da ONU, "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse", com 10 por 14 metros. Expõe 84 obras em Paris. Candidata-se ao Senado pelo PCB, mas também não é eleito;
1950 - Representa o Brasil na Bienal de Veneza;
1953 - Inicia os painéis "Guerra" e "Paz", para a ONU, que terminaria em 1957;
1954 - Começa a manifestar sinais de envenenamento pelo chumbo contido nas tintas com que trabalha: sofre uma hemorragia intestinal e é internado;
1955-56 - Realiza 21 desenhos com lápis de cor para uma edição de Dom Quixote, de Cervantes. A técnica era uma alternativa tentada por Portinari para escapar à intoxicação pelas tintas;
1956 - Faz uma viagem a Israel, onde produz uma série de desenhos a caneta tinteiro;
1959 - Faz as ilustrações para uma edição francesa de "O Poder e a Glória", de Graham Greene;
1960 - Nasce sua neta Denise, e ele passa a pintar um quadro dela por mês, contrariando as recomendações médicas;
1962 - Morre no Rio de Janeiro, em 6 de fevereiro, em conseqüência da progressiva intoxicação. Na época preparava material para uma exposição no palácio Real de Milão;
(fonte cronologia : www.culturabrasil.pro.br)


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