Qual a sua fala?
Segura dentro das convenções
me impeço de ser insana
Minha alma em ebulição grita
pede manifestações de sentimentos
transparentes
sem fugas, sem máscaras
ações voltadas com minhas imperfeições
agir de acordo com processos internos
escondidos
Corro as ruas da
estrada deserta da vida
nem percebo que estou só
todos estamos
pensamentos tentando em vão se encaixar
na realidade insossa
Falo palavras que não estão dentro de
mim
dirijo sorrisos equivocados
os passos seguem as regras de conduta
a sociedade impõe
o certo, o errado
a hora, a forma
não tropeço
Temo reações do outro
que também age conforme o ditado da
cartilha da vida
“Não fale o que o que você pensa que os
outros podem pensar que não seja correto você pensar”
Reaja conforme o padrão estabelecido
Durante a caminhada paro em frente ao
sanatório municipal
Lá estão os internos... Loucos? Dementes?
Perdidos em si?
Serão eles?
texto: Eli Antonelli/ 2008
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